O Bolo de Pitágoras

Acha que já sabe tudo sobre o Teorema de Pitágoras?

Todas as pessoas (ou quase todas) ouviram falar do Teorema de Pitágoras. Lembra-se?

Mas talvez não saiba tudo sobre o teorema mais famoso da matemática elementar.

Aqui encontrará formas diferentes de entrar ou saber mais sobre este tema.

Se quiser saber mais, o livro Triângulo Retângulo inclui um capítulo dedicado a Pitágoras e aos pitagóricos.

Pitágoras ou escola pitagórica?

Apesar de ter sido um dos mais famosos e influentes pensadores, os relatos mais detalhados e extensos da vida e do próprio pensamento de Pitágoras, dos quais provém a imagem que dele hoje temos, foram escritos cerca de oitocentos anos após a sua morte. Portanto, nada se pode garantir como certo sobre a vida e obra de Pitágoras, até porque se julga que alguns dos seus discípulos distorceram relatos e inventaram histórias com o objetivo de evidenciar a superioridade do mestre. Todavia, Pitágoras é um dos poucos nomes que a maioria das pessoas associa à matemática.

Pensa-se que Pitágoras foi um filósofo e matemático grego que nasceu na ilha grega de Samos, ao largo da costa da Turquia (mar Egeu) não muito longe de Mileto, por volta do ano 580 a.C. Tal como Tales, também Pitágoras, que poderá ter sido seu aluno, viajou pelo Egito, antiga Babilónia, Síria e Índia, onde observou todo o saber da época, em áreas tão distintas como a astronomia, a matemática, a filosofia e a religião, até porque o seu pai era comerciante. Quando voltou para casa encontrou Samos dominada pelo tirano Policrates e decidiu emigrar para o porto marítimo grego de Crotona, no sul da atual Itália.

Pitágoras dedicou-se arduamente à matemática e aos números, tendo fundado uma irmandade secreta em Crotona, conhecida por escola pitagórica, extremamente conservadora e com um código de conduta muito rígido, onde se estudava filosofia, música e matemática. Os pitagóricos (nome coletivo que identificava os membros da irmandade) seguiam um modo de vida ascético e eram estritamente vegetarianos. Só não comiam feijões, porque criavam flatulência e tinham uma forma semelhante a testículos.

À medida que a escola prosperou, desenvolveram-se outros centros noutras zonas do mundo mediterrâneo e os pitagóricos, que também se dedicavam à ciência política, começaram a exercer grande influência sobre os magistrados. Entretanto, grupos políticos do sul de Itália destruíram os edifícios da escola e obrigaram o grupo a dispersar-se. Consta que Pitágoras fugiu para Metaponto, onde morreu algum tempo depois (com cerca de 80 anos). Ironia do destino, foram os feijões que mataram Pitágoras! A sua casa foi incendiada pelos inimigos e Pitágoras tentou salvar-se fugindo, mas correu para um campo de feijões. Aí parou. Declarou preferir ser morto a ter de passar entre os feijões, facto que agradou aos perseguidores que acabaram por cortar-lhe o pescoço. Apesar de dispersada e perseguida a irmandade continuou a existir, pelo menos, por mais dois séculos.

Para se preservar ainda mais o secretismo da irmandade, toda a sua comunicação e ensino eram orais. Além disso, todos os discípulos atribuíam as suas descobertas ao seu respeitado mestre, tornando impossível saber que descobertas importantes foram feitas pelo próprio Pitágoras e quais foram feitas por outros membros da sociedade.

Diz-se que o lema da escola pitagórica era «tudo é número», pois os pitagóricos acreditavam que na natureza tudo podia ser traduzido pelos números naturais (inteiros positivos) ou por razões de inteiros (números racionais) que tinham herdado da geometria egípcia. Essa foi a bandeira erguida por Pitágoras e defendida pelos pitagóricos, encarando tal crença como uma verdade absoluta. E a crença de que tudo é número caiu-lhes literalmente do céu! Foi pela observação das estrelas que Pitágoras teve a ideia de identificar pontos e números. Por analogia com a Ursa Maior, por exemplo, que é representada por simples pontos de estrelas, teve a ideia de representar toda a forma por uma figura. Deste modo, qualquer figura se reduzia a uma constelação de pontos e cada forma geométrica podia ser representada por um conjunto de pontos. Portanto, os pitagóricos não faziam distinção significativa entre números e formas, facto que conduziu ao conceito de número-forma ou números figurados. Graças à sua influência, hoje temos números quadrados e números triangulares.

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O artigo completo foi publicado no livro Triângulo Retângulo.

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Para os interessados, O Assassinato de Pitágoras, de Marcos Chicot, editado em 2015 pela Editorial Presença, é um thriller histórico, baseado em factos reais, que nos proporciona uma viagem fascinante e realista à Grécia antiga, à vida de Pitágoras e à irmandade pitagórica.

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